Cheguei há poucos dias de Angola, de uma missão que sinto sempre que não terminou. Dou comigo a não conseguir "descolar-me" dos horários que fazia lá e encontro-me em muitos momentos a pensar nas pessoas de lá e nas de cá que estiveram lá comigo, naquele pôr-do-sol e, sobretudo, dou comigo a pensar na missão que ainda é preciso continuar a fazer.
E ao pensar nisso, penso sempre em pessoas. Raramente penso em edifícios que é preciso construir ou nos bens materiais que lá são necessários... Mas penso muito nas pessoas. Nos sorrisos e nas alegrias, nas lágrimas e nas dores...
E não penso só nas pessoas de Nambuangongo. Eu fui a Angola com a Alexandra e o Serafim, mas isso só foi possível porque um grupo de muitos mais missionários se esforçou durante todo o ano para que isso fosse possível. Alguns deles estão nesta fotografia, mas há outros.
E, num tempo em que ouvimos dizer tanta coisa sobre os jovens: que não têm objectivos, que são egoístas, que não têm nada para dar, que são irresponsáveis, eu olho para estes e digo que não. Não é assim! Os jovens têm muito para dar e estão empenhados em construir o mundo. Estes que eu conheço estão! Por isso devem existir muitos mais por aí.
Amigos, obrigado pelas horas gastas a trabalhar, pelas manhãs em que acordaram cedo, pelas sextas e sábados em que não saíram à noite, pelos fins-de-semana em que não foram para a praia ou para a neve, pelo tempo em que não estudaram, pelo tempo em que não namoraram e pelas muitas noites mais curtas de sono... Obrigado por terem dito sim a um projecto que é maior do que qualquer um dos projectos que possamos construir sozinhos. Obrigado por ajudarem a construir Nambuangongo.
No céu, seremos julgados pelo Amor.
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